Suporte SPDY no Nginx se aproxima.
Recentemente um dos desenvolvedores do Nginx Valentin Bartenev, anunciou o suporte SPDY para o servidor web Nginx. SPDY (pronunciado speedy), trata-se de um protocolo de rede experimental desenvolvido essencialmente no Google para transporte de conteúdo web e focado em fazer a Web mais rápida.
Apesar de não ser atualmente um protocolo padrão, o grupo que está desenvolvendo o SPDY afirmou publicamente que está trabalhando em direção a uma padronização, e tem implementações de referência no momento disponíveis em ambos Google Chrome e Mozilla Firefox. O protocolo é similar ao HTTP, tendo como objetivo reduzir o tempo de carga de páginas da internet. Isso é conseguido priorizando e multiplexando a transferência dos sub-recursos da página web para que somente uma conexão por cliente seja necessária.
Encriptação TLS é praticamente onipresente nas implementações do SPDY, e a transmissões são comprimidas com gzip ou DEFLATE em contraste ao HTTP, em que os cabeçalhos não são comprimidos. Além disso, o servidor indica ou até mesmo envia conteúdo ao invés de esperar requisições individuais para cada recurso de uma página. O nome não é um sigla, mas um versão reduzida da palavra "speedy" do inglês.
Este trabalho foi patrocinado pela Automattic que desde 2008 utilizam Nginx e desde então tem feito parte de quase todas as peças de sua infra.
Desde 2011 a empresa já conversava com o pessoal da Nginx para fechar um acordo, onde a Automattic iria patrocinar o desenvolvimento e a integração do SPDY no Nginx, tendo como única exigência final que que o código resultante deva ser liberado sob uma licença de código aberto para que outros possam se beneficiar de todo o trabalho.
Já existem extensões para as versões recentes dos navegadores Google Chrome e Mozilla Firefox que permitem saber se um site já implementam o SPDY, visitando o próprio Google ou o Twitter já podemos perceber que utilizam o protocolo.
Andrew Alexeev – Nginx, Inc.
E melhor que usso, percebi que apenas este site https://barry.wordpress.com implementa o SPDY no Nginx, quando acessado através de SSL e que trata-se do blog de Barry, o atual chefe de sistemas Wrangler na Automattic e responsável pela execução da infra-estrutura distribuída globalmente, no qual deu nota e alguns detalhes da implementação do SPDY no Blog.
O futudo do SPDY será fazer parte da fonte oficial do servidor web Nginx, e confesso, estou ansioso para já testar tudo :) então nos próximos dias irei postar novidades sobre os testes, é claro que para quem desejar já testar pode já pegar os patches beta em http://goo.gl/SlaiA.
Para você que deseja também testar o SPDY com o Nginx, leia o link http://nginx.org/patches/spdy/README.txt.
Desvantagens
- O conteúdo enviado mesmo que já haja cache é um desperdício de banda.
- Softwares de filtragem que dependem do HTTP não funcionarão mais.
- Muito provável que o IE vai demorar para implementar o suporte a este protocolo.
Você sabia?
- O navegador Google Chrome e o Chromium já utilizam o SPDY quando se comunicam com os serviços do Google, como o Google Search, Gmail, Chrome sync e quando exibindo anúncios do Google. O Google reconhece que o uso do SPDY é habilitado em comunicações entre o Chrome e os servidores do Google que usam SSL.
- A partir da versão 11 do Mozilla Firefox e SeaMonkey V2.8 existe o suporte a SPDY, apesar de não ser habilitado por padrão. O suporte pode ser habilitado através da preferencia network.http.spdy.enabled preference em about:config.
- No Firefox 13 o SPDY é habilitado por padrão.
- Também no Google Chrome há um parâmetro de linha de comando (--enable-websocket-over-spdy) que habilita uma implementação experimental do WebSocket sobre SPDY.
- E também podemos utilizar o Google Chrome para inspecionar as sessões do SPDY, acessando uma URL especial:
chrome://net-internals/#events&q=type:SPDY_SESSION%20is:active